O governador do Estado da Bahia, Jaques
Wagner (PT), foi atingido na cabeça por um copo de cerveja enquanto
desfilava pelas ruas do bairro do Santo Antônio Além do Carmo, no Centro
Histórico de Salvador, durante o desfile em comemoração ao 2 de Julho,
data alusiva à Independência do Brasil na Bahia.
O objeto foi arremessado pela professora Michele Perrone, de 34 anos,
que foi duramente reprimida pelos seguranças do governador após o ato e
recebeu voz de prisão de um Capitão do Batalhão de Choque da PM, como
pode se ver no vídeo abaixo. O registro foi feito com exclusividade pela
reportagem deste Política Livre, que, por questões de segurança, não
acompanhou a condução da mulher à delegacia.
Para quem saiu às ruas, conclamou o cabloco,
as fanfarras e repercutiu as vozes que não mais se calam, tornando um
dia da Independência, de fato, um desfile cívico com o 'Salve, Salve'
pertinente à ocasião e com direito a tudo que os baianos sentiram
vontade de expressar. "Viva o 2 de Julho".
Há quem diga que o 2 de Julho deste ano foi
mais um momento para celebrar a Independência
da Bahia - cuja história já
marca os 190 anos -, mas há quem comprove que durante o cortejo a força das manifestações e a
ação popular tenha transformado o cenário em um verdadeiro campo de reivindicações e revolta.
Ainda na saída do cortejo, na Lapinha, o
secretário de Saúde do Estado da Bahia, Jorge Solla, foi supreedido por um
empurra-empurra e, o próprio secretário confirmou que levou um tapa na cara. Solla teria se
misturado a um grupo que fazia coro contrário ao prefeito ACM Neto (DEM) e acabou sofrendo a
agressão. O suposto agressor não foi identificado.
Porém, o mais comentado por opositores e
aliados foram os ecos das vaias que aumentavam à medida que Wagner tentava,
discretamente, acenar para o público. Aliás, ninguém escapou do
povo. Foi petista, democrata, simpatizantes e protetores. Em cada esquina, uma faixa. Em cada
casa, um pedido por Educação, por Saúde, por Segurança, por 'Passe
Livre'. Sindicatos estavam aos mil e deixaram o recado na Avenida.
Teve
até direito a 'briga' por imagem.
Professora e diretora da APLB se desentenderam. Uma afirma: “Por pouco minha mão não sangrou. Perdeu a linha. Me chamou de
filha de p***". A outra garante: “Eu não agredi
ninguém. Essa acusação é inverídica e prezo pelo respeito à pessoa e
respeito qualquer um”.
Os mais exaltados não perderam a oportunidade para agir como acreditam ser a melhor maneira e, se deram mal. Uma mulher jogou um copo de cerveja no rosto do governador Jaques Wagner. A bebida pegou no petista e ela foi presa pela Polícia Militar. A identidade da mulher ainda não foi revelada.
Os mais exaltados não perderam a oportunidade para agir como acreditam ser a melhor maneira e, se deram mal. Uma mulher jogou um copo de cerveja no rosto do governador Jaques Wagner. A bebida pegou no petista e ela foi presa pela Polícia Militar. A identidade da mulher ainda não foi revelada.
Houve político
que arriscou comentar as vaias, como o casal petista, a deputada
estadual Luiza Maia e o ex-prefeito de Camaçari, Luiz Caetano.
Em conversa com o Bocão News, Maia disse que
encara com naturalidade as vaias e que esse tipo de comportamento faz
parte do processo político. “É natural que isso aconteça a qualquer
um que está no poder. As pessoas precisam ir às ruas mesmo”, disse.
Ela ressaltou ainda que “as pautas dos manifestantes precisam ser
construtivas”.
E
ACM Neto (DEM) também falou.
Ao Bocão News, o prefeito
afirmou que as manifestações são democráticas e que a prefeitura estará
sempre aberta para ouvir o povo. Enquanto desfilava o prefeito demista
foi vaiado e a população fez um sinal negativo com as mãos. Enquanto a
maioria vaiava parte do grupo político de Neto aplaudia para tentar
abafar.
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